O LPF é um treinamento neuromiofascial composto de exercícios posturais e respiratórios que não exercem pressão sobre a coluna e sobre o pavimento pélvico durante sua execução.
É um dos treinamentos mais eficientes para o CORE, pois durante a prática acontece a ativação dos músculos transverso, oblíquos internos, oblíquos externos e perineais.
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Sendo assim, o treinamento sistemático do LPF regula o tônus basal, normaliza as tensões fasciais (através da aspiração diafragmática) e devolve a capacidade de ativação dos músculos abdominais e perineais. O LPF também é conhecido como a técnica da barriga negativa ou ginástica abdominal hipopressiva.
O Low Pressure Fitness é uma técnica de exercícios em que o praticante faz uma apneia expiratória, com a abertura das costelas, sucção abdominal e elevação do diafragma, o que causa o levantamento dos órgãos internos através da tração dos pilares do diafragma. Assim, todo o grupo muscular é contraído involuntariamente e ganha-se tônus de repouso ao longo da prática.
TÉCNICA DA BARRIGA NEGATIVA
Você sabe por que a metodologia LPF ficou popularmente conhecida como técnica da barriga negativa?
A diminuição da circunferência abdominal e da cintura em pouco tempo de prática tornou o Low Pressure Fitness conhecido como “técnica da barriga negativa”.
Primeiramente, é importante mencionar que o LPF NÃO emagrece! Ele ficou assim conhecido porque promove uma REDUÇÃO DE MEDIDAS em virtude da normalização das tensões MIOFASCIAIS e consequentemente REGULAÇÃO DA PIA (pressão intra-abdominal). Além disso, o LPF, através de seus fundamentos técnicos, trabalha os músculos abdominais profundos, melhorando o tônus basal de músculos como o transverso e os oblíquos. Uma melhor atividade tônica destes músculos promove, além de resultados estéticos bem satisfatórios, um CORE funcional e muito mais proteção para a sua coluna e períneo!
LPF NO TRATAMENTO DA DIÁSTASE ABDOMINAL
A diástase abdominal é o afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo que os une à linha alba. O problema geralmente acontece durante a gravidez, sendo a principal causa de flacidez abdominal e dor lombar no pós-parto.
Pode haver uma saliência no meio da barriga, que pode ser perceptível apenas quando os músculos abdominais são tensionados, como durante a tosse. Por esse motivo, alguns estudos contraindicam a realização de exercícios abdominais convencionais, como os que fazem uma flexão do tronco para frente, pois acreditam que este aumento de pressão pode piorar a diástase abdominal.
É neste momento que entra a eficácia do LPF, pois os exercícios hipopressivos têm a função de aproximar os músculos reto-abdominais através de uma tração excêntrica, melhorando o tônus dos músculos da região abdominal em repouso (tônus basal). Toda a prática é realizada em isometria, reduzindo os riscos de lesões e diminuindo a tensão sobre a região da linha alba.
Durante a execução da prática, ocorre uma ativação do assoalho pélvico por meio de uma contração reflexa desta musculatura, reposicionando os órgãos internos, trabalhando a resistência da musculatura, prevenindo e muitas vezes tratando incontinências e melhorando o desempenho sexual.
LPF NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Atualmente estima-se que mais de 50% das mulheres sofrem de incontinência urinária (IU). Este problema, que antes afetava a população mais idosa e/ou com sobrepeso, é hoje a realidade de muitas mulheres jovens, sem filhos e com IMC normal.
Mas qual é o motivo deste número que a cada ano vem crescendo no Brasil e no mundo?
Muitas pessoas de imediato respondem que a causa está no sedentarismo, porém as pesquisas apontam justamente o contrário. A causa do aumento do número de mulheres jovens com IU está exatamente na prática de atividade física mal orientada, ou seja, a ausência de um trabalho específico para TONIFICAR os músculos do assoalho pélvico, cuja função é de sustentação dos órgãos extraperitoniais (bexiga, útero e reto).
O que se percebe ainda entre alguns profissionais é um equívoco no direcionamento do tratamento da IU. Muitos indicam o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, porém, na grande maioria das vezes, o que a mulher incontinente precisa é de TÔNUS nestes músculos, e não de FORÇA. Ou seja, é preciso que haja um estado de semicontração dos músculos em repouso, para que eles sejam capazes de SUSTENTAR os órgãos internos. Outra competência que estes músculos precisam é a capacidade de COCONTRAÇÃO mediante o aumento de pressão intra-abdominal. Isto é, os músculos do assoalho pélvico devem se contrair de maneira INVOLUNTÁRIA toda vez que se aumenta a pressão interna. O que acontece com as mulheres hoje em dia é exatamente o contrário. Quando elas tossem, espirram ou praticam atividade física, o assoalho pélvico NÃO tem a competência de contrair-se espontaneamente, e os órgãos são empurrados para baixo, gerando inicialmente IU e futuramente patologias como cistocele, retocele e prolapso uterino.
O LPF é uma excelente ferramenta para prevenir e tratar mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). São exercícios posturais e respiratórios, baseados em posturologia, técnica hipopressiva, neurôdinamica e cadeias miofascias, que reposicionam os órgãos internos, diminuindo, deste modo, a pressão intra-abdominal e intrapélvica, ao mesmo tempo em que TONIFICAM a musculatura estabilizadora lombo-pélvica.