A hérnia discal lombar é o diagnóstico mais comum dentre as alterações degenerativas da coluna lombar (acomete 2% a 3% da população). É a principal causa de cirurgia de coluna na população adulta. A hérnia discal é mais comum na região lombar e na cervical, que possuem maior movimentação e sofrem mais com a descarga de peso, mas pode ocorrer em qualquer região da coluna vertebral. Na região torácica o problema não é tão comum, pois esta parte do corpo conta com a proteção das costelas, que dão estabilidade a essas vértebras.
Mas, o que é hérnia de disco? Trata-se de um deslocamento do conteúdo gelatinoso do disco intervertebral, que resulta em compressão das estruturas adjacentes, causando inflamação. Algumas hérnias de disco não causam sintomas; outras podem irritar os nervos próximos e resultar em dor, dormência ou fraqueza em um braço, se a hérnia for na região cervical, ou na perna, quando a hérnia está na região lombar.
O diagnóstico é feito pelo exame clínico, baseado nos sintomas do paciente e comprovado pelo exame de imagem, que identifica exatamente a localização e a quantidade de núcleo extravasado.
Causas
A principal causa para a formação de hérnias discais é a predisposição genética. O envelhecimento também contribui para o surgimento de hérnias, assim como pouca atividade física e tabagismo.
Carregar ou levantar muito peso também pode comprometer a integridade do sistema muscular que dá sustentação à coluna vertebral e favorecer o aparecimento de hérnias discais.
Outro fator que é muito subestimado é o sono: os discos gelatinosos que se localizam entre as vértebras perdem água ao longo do dia, ficando desidratados e mais propensos a se romperem; para se reidratarem, eles precisam de mais ou menos 8 horas de repouso, o que acontece durante o período em que estamos dormindo.
Sintomas
Os sintomas são diversos e estão associados à área em que a raiz nervosa foi comprimida. Os mais comuns são:
- Dor: tanto na região da coluna onde está a hérnia como irradiada para a região equivalente a inervação, que pode ser braço, perna ou cabeça;
- Formigamento (parestesia), com ou sem dor;
- Dormência;
- Diminuição de força muscular da região afetada;
Tratamento
O tratamento depende muito dos sintomas e do quanto o extravasamento do disco está comprimindo os nervos ao redor da vértebra. Geralmente, não é necessário cirurgia.
O quadro reverte com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, se a pessoa fizer um pouco de repouso e sessões de fisioterapia e acupuntura. Com frequência, em apenas um mês, 90% dos portadores dessas hérnias estão aptos para retomarem suas atividades rotineiras.
A escolha do tratamento, se cirúrgico ou não cirúrgico, considera a gravidade dos sintomas e o déficit motor. A cirurgia só é indicada quando o paciente não responde ao tratamento conservador.
TRATAMENTO ATRAVÉS DO MOVIMENTO INTELIGENTE: PILATES
O objetivo do tratamento da hérnia de disco é gerar a descompressão da região afetada para, em seguida, estabilizar a vértebra acometida, e é aí que entram os exercícios de Pilates.
No repertório de exercícios terapêuticos do método, Pilates existem aqueles específicos para gerar descompressão do disco. No início, podem ser feitos exercícios passivos e ativo-assistidos pelo fisioterapeuta; depois, conforme a dor diminui, acrescentam-se exercícios ativos.
Os exercícios ativos tem como objetivo principal a estabilização da região afetada, ensinando o paciente/aluno a contrair corretamente os músculos estabilizadores, em diversas posições (deitado, de lado, sentado e em pé).
Após esse treino de estabilização, os exercícios evoluem com movimentos combinados e associativos que desafiarão o aluno a manter a coluna estável enquanto realiza movimentos mais complexos com os braços e as pernas.
Durante as aulas no estúdio AF Pilates, sempre estimulamos o crescimento axial do corpo, o que consequentemente gera descompressão na coluna e melhora a postura do praticante. Além disso, realizamos exercícios de tração dinâmica com aparelhos e acessórios específicos.
